Sam Moore, o ícone das baladas soul e metade do famoso duo Sam & Dave, nos deixou aos 87 anos em Coral Gables, na Flórida, na sexta-feira, 10 de janeiro. O motivo? Complicações depois de uma cirurgia – uma pena, porque ele ainda tinha muito ritmo pra dar!
Ao lado do parceiro Dave Prater, Moore fez um sucesso danado nos anos 60 com hits como “Soul Man” e “Hold On, I’m Comin’”. Eles não apenas aproveitaram o estilo gospel, mas transformaram isso em shows eletrizantes, com um toque aqui e ali de mestres como Isaac Hayes e David Porter. E quem pode esquecer de clássicos como “You Don’t Know Like I Know” e “When Something is Wrong With My Baby”? Esses são daquele tipo de canção que grudam na cabeça e não desgrudam mais!
Apesar de o vento da fama ter mudado um pouco a direção após a década de 60, “Soul Man” fez um comeback estiloso em 1978, quando os Blues Brothers o ressuscitaram nas paradas. Mas Sam, coitado, se sentia um pouco desconfortável com isso. Em entrevistas, ele confessou que os jovens achavam que a canção era deles e isso o deixava com aquela pulguinha atrás da orelha.
Agora, falando de conquistas, Sam e Dave foram parar no Hall da Fama do Rock and Roll em 1992, um prêmio mais do que merecido! Mas a fama vem com suas reviravoltas, né? Sam teve algumas disputas judiciais durante sua carreira, inclusive com seu parceiro Prater, que partiu em 1988, e também com a indústria musical, que às vezes parece mais complicada que uma letra de blues.
Na década de 90, ele decidiu que era hora de dar um grito de socorro e processou algumas gravadoras, alegando ter sido enganado sobre sua aposentadoria. “Dois mil dólares para minha vida toda?”, perguntou ele, indignado. “Se vocês estão lucrando que nem loucos, por que não dividem o bolo comigo? Não me deem pão de milho e chamem de biscoito!”, completou. A sinceridade, meu amigo, é uma verdadeira arte.
Nascido em 12 de outubro de 1935, em Miami, Sam começou sua trajetória nas paróquias, fazendo todo mundo vibrar em cultos. E, para completar, ele foi um dos poucos artistas a se apresentar na posse de Donald Trump em 2017, mesmo após criticar o uso de suas músicas em campanhas políticas.
Sam Moore deixa para trás sua esposa, Joyce, sua filha, Michell e dois netos. Mas olhe, não se preocupe; a música dele vai continuar viva, ecoando em cada nota. E cá pra nós, o legado dele é mais duradouro que o ritmo de qualquer disco!