Fernanda Torres, aos 59 anos, não deixou passar em branco a vitória da jovem Mikey Madison, de 25, no Oscar de Melhor Atriz. Durante uma coletiva de imprensa, a atriz soltou um “uau” sobre a importância do cinema independente na premiação, dizendo que o dia anterior tinha sido especial, quase como um feriado para os amantes do cinema fora do grande estúdio. “Ontem foi dia do cinema independente dentro do Oscar”, revelou com um sorriso que parecia mais um flash de câmera.
Fernanda se derreteu pela atuação da Madison e ainda encontrou uns pontos em comum entre os trabalhos delas. Ela destacou a maneira como o filme da Mikey foi feito, comparando com o nacional “Ainda Estou Aqui”. “Gente, a Mikey Madison é um caso à parte! A forma como fizeram aquele filme é igual a como a gente fez o nosso. É cinema de grupo, e a menina se jogou de cabeça, plena, porque confia no Sean Baker,” disse, quase como se estivesse apresentando uma nova amiga.
E não para por aí! A atriz revelou que Sean Baker, o diretor, viu o filme de Walter Salles e ficou tão encantado que começou a rasgar seda. “Ele amou, ele viu a alma do cinema independente no trabalho do Walter”, contou ela, em um tom que deixava claro que Fernanda estava pelo cinema com a mesma paixão que muitos têm pelo sofá e a pipoca.
Para ela, a cerimônia foi um verdadeiro divisor de águas para a arte de fazer filmes independentes pelo mundo. “Sinto que ‘Ainda Estou Aqui’ é primo de ‘Anora'”, disparou, cheia de empolgação.
E se você acha que acabou, ainda tem mais! Fernanda deu um selo de qualidade ao falar sobre a estrutura dos dois filmes. “Eles começam como uma comédia romântica e, pum, uma reviravolta que faz você sair do cinema repensando a falta de afeto no planeta.” É, meus amigos, aqui o assunto é sério.
Sobre a recepção do público, ela adiantou que a equipe ficou de boca aberta com o sucesso de “Ainda Estou Aqui”. “Não sei o que rolou, mas esse filme virou um verdadeiro movimento nacional! Virou ‘Terra em Transe’, isso é pura magia. As pessoas assistiram juntas, em um clima de comunidade que foi incrível”, comentou, como quem ainda estava processando a transformação do filme em quase um fenômeno social.
Fernanda também compartilhou que interpretar a Eunice Paiva foi uma virada na sua carreira. “Visitei lugares como atriz que eu nunca tinha ido antes. Ao assistir ao filme, fiquei chocada de como parecemos de verdade, como uma família!”, disse, elogiando Walter por trazer autenticidade ao cinema. “Todo mundo fala: parecia real, não parecia cinema. E é por isso que é cinema!” concluiu, deixando no ar a certeza de que, no final das contas, o que importa é a emoção que os filmes trazem.