O cineasta Cacá Diegues, uma lenda do cinema brasileiro, nos deixou na manhã desta sexta-feira, 14 de fevereiro, aos 84 anos. A família não revelou os detalhes sobre o que aconteceu. Natural de Maceió, Cacá trocou o calor alagoano pelo charme do Rio de Janeiro com apenas seis anos, e foi na Zona Sul que ele encontrou seu lar em Botafogo.
Cacá foi um dos cabeças pensantes por trás do Cinema Novo, esse movimento que virou a chave do cinema nacional ao lado de gigantes como Glauber Rocha e Joaquim Pedro de Andrade. Fala sério, essa turma mudou tudo!
Nesta jornada cinematográfica, Cacá dirigiu mais de 20 longas que ganharam o mundo. Alguns dos seus filmes mais festejados são “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Veja esta Canção” (1994) e “Tieta do Agreste” (1995). Sem contar outros petardos como “Ganga Zumba” (1964), “Joanna Francesa” (1973), “Quilombo” (1984), “Orfeu” (1999) e “O Grande Circo Místico” (2018), que é uma bela homenagem ao poema de Jorge de Lima. E sim, em 2012, ele ainda recebeu uma super homenagem no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, ali, de boas, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Cacá também ganhou um pedaço do carnaval carioca em 2016, quando a Inocentes de Belford Roxo fez um desfile com o tema “Cacá Diegues — Retratos de um Brasil em Cena”. O cineasta marcou presença na Sapucaí e não conseguiu segurar a emoção ao ver sua história sendo contada em meio àquelas cores e batuques.
Em 2018, Cacá foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira 7. É isso mesmo, a cadeira que já foi de Nelson Pereira dos Santos, um grande amigo. E, para deixar tudo ainda mais chique, outros nomes poderosos, como Euclides da Cunha e Afrânio Peixoto, também passaram por ali.
Cacá Diegues era casado desde 1981 com a produtora Renata Almeida Magalhães e deixou quatro filhos, dois deles do casamento com a icônica cantora Nara Leão. Agora, ele deixa três netos e um legado incrível que faz parte da cultura nacional. Valeu, Cacá! Sua roda de samba nunca vai parar.