Após um show bombástico em Salvador que gerou uma onda de debates, Claudia Leitte decidiu fazer uma substituição inusitada no seu repertório: em vez de homenagear Iemanjá, a poderosa rainha do mar das religiões afro-brasileiras, ela optou por Yeshua, nome hebraico de Jesus. E adivinha quem não ficou calado? Pedro Tourinho, o secretário da Cultura da cidade, e sua cúmplice Ivete Sangalo, que apoiaram as críticas à cantora.
A professora Bárbara Carine, feríssima no que faz e vencedora do Prêmio Jabuti 2024, entrou na conversa: “É realmente revoltante o racismo religioso! Essa história toda soa como um terrorismo religioso e é triste ver a demonização de figuras como Iemanjá. A nossa cultura é sagrada e a galera ganha dinheiro em cima disso, enquanto uma mulher do axé, que vive dessa arte, é colocada de lado.” E ela soltou tudo isso nas redes sociais, sem dar nomes aos bois!
Agora, vamos à parte musical da polêmica! Lançada em 2004, a famosa canção “Caranguejo” do Babado Novo já carregava uma mensagem especial para a rainha dos mares, com versos que falam sobre jogar flores no mar: “Maré tá cheia/Espera esvaziar/Joga flores no mar/Saudando a rainha Iemanjá”. Mas Claudia decidiu dar uma repaginada e trocou o verso final para “Só louvo meu Rei Yeshua”. Um verdadeiro remix dessas águas!
Bárbara não parou por aí e ainda sugeriu que isso pode ter sido uma jogada de marketing para Claudia: “Ela estava em baixa. E sabe como é, né? Quando tá sumida, a pessoa faz isso para voltar à tona no pior lugar possível, que toca o coração de quem é conservador. Eles não percebem que é uma estratégia, acham que é postura religiosa, mas é tudo muito calculado, financeiramente lucrativo, se é que você me entende.”
E se você pensou que a história tinha terminado por aqui, meu amigo, prepare-se porque isso ainda vai dar o que falar!